Não é nenhuma novidade que os pequenos produtores do nosso país são responsáveis por grande parte dos alimentos que chegam no prato dos brasileiros. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 70% dos alimentos que chegam nas mesas do povo brasileiro são provenientes da Agricultura Familiar.
Arduamente trabalham a terra, e dela faz brotar diversas espécies de cultivos. Ainda assim, e mesmo com tamanha importância, não tem tido o apoio que merecem, faltando maiores incentivos, procurando ajudar e apoiar a vida desse povo, encontrando, assim, uma forma de viabilizar o acesso aos equipamentos, implementos e tecnologias.
Mesmo com esses entraves, a Agricultura Familiar avança. Nesse sentido, e reunidos em associação, destacamos o trabalho desenvolvido pela Cooperativa de Produtores de Polvilho – COOPOLRPM, localizada na comunidade de Serra Nova, zona rural de Rio Pardo de Minas. Neste município, cerca de 600 pequenos produtores tem investido no cultivo da mandioca e produzido toneladas de polvilho de excelente qualidade. Atualmente, o volume da produção supera, inclusive, o da cidade de Conceição dos Ouros em Minas Gerais, considerada a “Capital do Polvilho”.
Falta incentivo e estímulo por parte dos órgãos federais!
Mas no município de Rio Pardo de Minas essa falta de apoio, como constatada, não é levada plenamente em conta, e a realidade é outra. A força de vontade e a determinação dos sertanejos tem feito a diferença e invertido esse quadro. Com isso, a produção do polvilho tem produzido bons resultados e gerado renda para centenas de famílias.
Segundo Evalcim Santana, presidente da COOPOLRPM, eles, os produtores, ainda esperam receber o devido apoio e reconhecimento. O objetivo é ampliar a produção com novas tecnologias e aprimoramento no arranjo produtivo. Feito isso, o município de Rio Pardo de Minas poderá também se destacar como referência nacional na produção do polvilho, e não só da boa cachaça artesanal.