O LÍTIO DO JEQUITINHONHA JÁ GERA LUCRO DE 37% PARA EMPRESA INVESTIDORA

Litio do Jequitinhonha

(*) Aurélio Vidal

Em julho deste ano estive visitando a planta de extração de lítio da Sigma Lhitium no Vale do Jequitinhonha (MG). Nessa oportunidade, fiz a cobertura de uma evento relacionado a este importante projeto de mineração em terras mineiras. Confesso que já estava bastante impressionado com o volume de investimentos, com a contrapartida ambiental e de infraestrutura na região, confirmados agora nessa série de reportagens. Na pauta de hoje destacaremos a rentabilidade do lítio e de seus subprodutos, e, posteriormente, levantaremos os avanços em infraestrutura e geração de empregos, além da preocupação social e ambiental.

Poucos meses depois dessa nossa visita à região do Vale do Jequitinhonha, portanto, recebo a informação de que o investimento realizado na produção de lítio já gerou lucros significativos para a Sigma Lithium. Estamos falando de 37%, a margem de lucro líquido, no Vale do Jequitinhonha (MG), no primeiro trimestre operacional, quando obteve receita de US$ 97 milhões graças à sua eficiência operacional, baseada em baixo custo de produção. Isso criou condições de margens financeiras expressivas culminando na geração de um fluxo de caixa livre. “Em nosso primeiro trimestre de geração de receita, a Sigma Lithium obteve lucro operacional positivo, possibilitado por nosso impressionante modelo operacional com boa relação custo-benefício”, declarou a CEO da empresa, Ana Cabral. Profissional que vislumbra o futuro, é dentro dessa visão que “esperamos entregar volumes de produção crescentes a um custo menor com um alto padrão de qualidade e pureza”, afirmou. Evidentemente, à medida que aumenta o nível de produção, deve-se aumentar o valor para os acionistas, porque “continuamos a nossa missão de alimentar de forma sustentável a próxima geração de baterias de veículos elétricos”, concluiu Ana Cabral.

Segundo a Sigma Lithium, as receitas do terceiro trimestre foram de US$ 96,9 milhões provenientes da venda de 38 mil toneladas de seu concentrado de lítio e 16,5 mil toneladas de subprodutos. Foi de US$ 2.488/tonelada o preço médio do concentrado comercializado pela empresa. Na Grota do Cirilo, os custos operacionais de caixa foram em média de US$ 505/tonelada no trimestre, e o custo FOB Vitória ajustado para o terceiro trimestre (incluso transporte e armazenagem) chegou a US$ 577/tonelada (US$ 649/tonelada, com royalties). Foi o chamado processo de “ramp-up” que, operacionalmente, deu a catapultada nesse trimestre, principalmente no mês de julho, quando a produtividade da planta foi mínima. Os dados fornecidos são do início de outubro, mas indicam uma tendência de custos, enquanto a produção aumenta. Entretanto, a expectativa é de redução dos custos operacionais caixa por tonelada.

O processo de revisão estratégica da Sigma avançou e poderá ter um desfecho até o final deste ano. Houve interesse das partes envolvidas em preservar o modelo de negócios baseado na sustentabilidade ambiental e social da empresa.
E o seu conselho de administração analisa propostas de indústria nos setores de energia, automotivo, baterias e refino de lítio.

Estaremos destacando, aqui, esses próximos passos.

(*) Jornalista

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