“NOSSA CULPA, NOSSA MÁXIMA CULPA”!

A região norte-mineira, apesar das diversas críticas pejorativas imputadas ao longo dos anos, como lugar pobre, sofrido, seco e improdutivo, mas temos provas suficientes de que, tudo não passa de uma mera conveniência por parte de grupos políticos com o objetivo de explorar literalmente os ricos recursos do nosso território e a simplicidade do nosso povo.

São atores perversos do setor público que querem aprisionar o povo pelo cabresto, cuja o sentimento de inferioridade deixa o reflexo. Faz com que se sintam totalmente dependentes de propostas e ações assistencialistas, por parte desses “canalhas” de “gravatas”.

“Dar-se as migalhas e levar se o ouro”!

Desde os primórdios tempos dos desbravadores portugueses, seguidos pelos caminhos dos bandeirantes, agentes estes, que já se usavam essa técnica: oferecer “bugingangas” como pentes, espelhos, e até mesmo pirulitos, para poder levar a madeira, o ouro, diamantes e outras riquezas mais.

Ainda assim, após 500 anos e, diante da modernidade tecnológica, onde a informação chega quase que na velocidade da luz, bem na palma das nossas mãos, o povo norte-mineiro ainda se deixa enganar, da mesma forma que os índios e os sertanejos, das respectivas épocas.

No entanto, é mais que provado e comprovado que apesar de estamos em uma área do semiárido, lugar ao qual o nosso povo sertanejo enfrenta os longos períodos de estiagem sem nenhuma intervenção efetivamente e eficaz, por parte dos poderes, que são sempre omissos e covardes, ainda assim temos um solo seco, mas fértil, que aliado a este povo humilde, valente e corajoso, atribuem provas mais que suficientes do sertão norte-mineiro é um lugar produtivo, rico e promissor.

O que falta mesmo é o comprometimento e a responsabilidade por parte daqueles que se dizem nossos representantes, na promoção de políticas públicas sérias e de resultados.

Políticas que possam verdadeiramente reconhecer, valorizar e facilitar a vida do nosso povo, assim como, um posicionamento mais correto, com hombridade e coragem, na defesa do nosso território. Por aqui, os “gringos” são quem tão dando as cartas.

Com isso, o nosso povo sofre, principalmente por conta da indiferença e omissão dos parlamentares estabelecidos na assembleia mineira e na esfera federal.

“Na verdade, aqui nunca foi um lugar pobre”.

Sofrido, sim! Pobre nunca!

O cerrado, correspondendo à praticamente (30%) do território brasileiro, sempre sofreu com a falta de compromisso dos políticos que nunca se posicionaram de maneira firme nas cobranças de investimentos para viabilizar as necessárias e importantes obras estruturantes que garantissem o desenvolvimento socioeconômico regional.

Obras como barragens (algumas ficaram pelo caminho) para o enfrentamento da crise hídrica, manutenção e duplicação de rodovias para o escoamento da cadeia produtiva, além dos investimentos na infraestrutura hospitalar para proporcionar saúde ao povo norte mineiro. Por aqui só chegam paliativos!

O que falta mesmo é o comprometimento e a responsabilidade por parte daqueles que se dizem nossos representantes, na promoção de políticas públicas sérias e de resultados.

Não o bastante, nós não podemos omitirmos da nossa máxima culpa. Por deixar que sejamos influenciados por supostas e “pequenas” lideranças que encabrestam os nossos votos, fazendo com que fiquemos aprisionados, por um sistema político falho, corrupto e cruel.

Afinal, simplesmente porque não reservamos o tempo necessário e a responsabilidade para buscar conhecer o funcionamento do sistema público, de maneira de vida capacitar para termos a sabedoria e autonomia na hora de depositar o voto na urna.

“O momento é oportuno e pede reflexão”…

*Aurélio Vidal

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