A VERDADE SOBRE A VISITA DA DEPUTADA À CHAPADA DO LAGOÃO

Por Aurélio Vidal

 

É preciso restabelecer a verdade dos fatos e desmontar a encenação que tenta ser vendida como realidade. Em momento algum a população chapadeira ameaçou, intimidou ou agrediu a deputada Beatriz Cerqueira e sua comitiva. O que houve foi apenas uma legítima manifestação pacífica, com faixas, carros de som e protestos democráticos, dentro do direito constitucional de expressar indignação contra a política de paralisia socioeconômica que o PT insiste em impor às regiões mais carentes do Brasil.

O discurso de que a deputada teria sofrido “emboscada”, “ameaça” ou “hostilidade” não passa de um teatro político ensaiado. A estratégia é antiga: criminalizar o povo trabalhador, deslegitimar as vozes que se levantam contra o atraso e, assim, justificar a manutenção de um sistema perverso de assistencialismo, que mantém comunidades inteiras sob dependência de cestas básicas e programas paliativos, em vez de permitir que avancem rumo à prosperidade através da mineração e da geração de empregos.

O MECANISMO JÁ CONHECIDO

O que acontece em Araçuaí é apenas mais um capítulo de um enredo repetido em várias partes do país. Sob o pretexto de “preservação ambiental” ou de “proteção de comunidades tradicionais”, cria-se um bloqueio ao desenvolvimento regional. O real objetivo é sentar em cima do minério e depois abrir caminho para entregar nossas riquezas a interesses externos, como já se viu com a dependência cada vez maior do Brasil em relação à China.

Nosso povo já preserva naturalmente os recursos da terra e das águas. O que não aceita é ser tratado como inimigo por lutar pelo direito de trabalhar, prosperar e garantir um futuro digno para suas famílias.

No Amazonas, no Pará, no Espírito Santo e agora em Minas Gerais, a tática é a mesma: travar o desenvolvimento local, usar lideranças políticas alinhadas à esquerda como palanque e, enquanto isso, condenar o povo a viver no atraso.

O POVO SERTANEJO E CHAPADEIRO

O sertanejo conhece e respeita a natureza como ninguém. São gerações que convivem com a caatinga, com o cerrado, com as nascentes e matas secas da região, cuidando e preservando os recursos naturais de forma espontânea e consciente, sem precisar de tutela de políticos que sequer conhecem a realidade local. A verdadeira proteção ambiental é feita pela própria população, que precisa da terra e da água para sobreviver.

Eu, Aurélio Vidal, jornalista, guardião do sertão e do povo sertanejo, venho a público restabelecer a verdade dos fatos em relação à visita da deputada Beatriz Cerqueira à Chapada do Lagoão, em Araçuaí

A indignação expressa pelos moradores não foi contra a preservação, mas contra os abusos de autoridade, contra a tentativa de impor, de cima para baixo, regras que inviabilizam a vida e o futuro de quem habita a Chapada do Lagoão há décadas. Pessoas estabelecidas há mais de uma geração se dizem revoltadas com essa política de segregar, travar e condenar à miséria.

UM TEATRO MAL ENSAIADO

Transformar protestos legítimos em “ameaças” é uma artimanha. A deputada foi acompanhada por policiais, assessores, lideranças políticas e representantes do MAB — movimento nacionalmente conhecido por ser apadrinhado pela esquerda para atuar como braço ideológico contra a mineração. A população, que defende a redução da área da APA e a abertura para projetos de desenvolvimento, foi retratada como inimiga, quando na verdade é vítima.

A cena da “escolta” não foi uma necessidade, mas uma narrativa fabricada para alimentar manchetes, gerar comoção e sustentar a cartilha do PT: pintar o povo como violento, para justificar a permanência do atraso.

A narrativa de intimidação e ameaça contra a deputada Beatriz Cerqueira é insustentável. O que de fato ocorreu foi um ato democrático de contestação contra um modelo de política que insiste em negar o futuro a regiões pobres do Brasil.

A POPULAÇÃO ACORDOU

O norte de Minas não aceita mais viver no cabresto. O povo acordou para as armadilhas que tentam travar a geração de empregos, de renda e de infraestrutura. Querem trabalho, dignidade e oportunidades — não esmolas.

As falas que tentam colocar comunidades contra comunidades fazem parte do enredo de dividir para governar. Mas a verdade é que a região do Jequitinhonha já está cansada de ver suas riquezas sendo exploradas por outros, enquanto o povo local é mantido segregado, sem desenvolvimento e sem perspectivas.

CONCLUSÃO

A narrativa de intimidação e ameaça contra a deputada Beatriz Cerqueira é insustentável. O que de fato ocorreu foi um ato democrático de contestação contra um modelo de política que insiste em negar o futuro a regiões pobres do Brasil. O povo chapadeiro não é inimigo do meio ambiente, muito menos inimigo do desenvolvimento. É, na verdade, o guardião da terra e das águas — mas também o maior interessado em ver sua região prosperar.

Não aceitaremos mais peças de teatro que tentam inverter a realidade. O sertanejo sabe se defender, sabe preservar e, acima de tudo, sabe que a riqueza de seu território não pode mais ser sequestrada em nome de projetos ideológicos que nada trazem além de miséria.

O HUMILDE POVO SERTANEJO É DE PAZ E HOSPITALIDADE

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