“DO MENSALÃO AO ROMBO DO INSS: O CICLO DA CORRUPÇÃO NOS GOVERNOS DO PT”
Por Aurélio Vidal
Ao longo de mais de duas décadas de cobertura jornalística, tive o dever – e também o peso – de relatar os escândalos que sacudiram o Brasil sob os governos do Partido dos Trabalhadores. Foram manchetes que não saíram da memória nacional, porque expuseram um projeto de poder sustentado pelo dinheiro público desviado, pela compra de consciências e pela corrupção institucionalizada.
Posso afirmar, sem exagero, que três desses esquemas marcaram a história política recente com proporções monstruosas: o Mensalão, o Petrolão/Lava Jato e, mais recentemente, o escândalo do rombo do INSS, que deixou milhões de aposentados e pensionistas à mercê da incompetência e da rapinagem.
Mas, para que não se perca na névoa do tempo, recapitulemos:
- Waldomiro Diniz (2004) – O primeiro estouro de corrupção no governo Lula. O assessor especial da Presidência foi flagrado em vídeo pedindo propina para campanhas. Seu elo com Carlinhos Cachoeira revelou a engrenagem inicial da máquina de poder.
- Mensalão (2005) – O maior escândalo de compra de apoio político no Congresso. Roberto Jefferson trouxe à tona o esquema: deputados pagos com dinheiro público, operado por Marcos Valério e bancado por Delúbio Soares, sob o comando de José Dirceu. O STF condenou e prendeu figuras centrais do PT.
- Cassação de Dirceu (2005) – A Câmara cassou o ex-ministro da Casa Civil e deputado, por quebra de decoro. Era o coração do mensalão sendo arrancado, mas não destruído: o sistema já estava enraizado.
- Escândalo dos Aloprados (2006) – Tentativa criminosa de fabricar dossiês falsos para prejudicar adversários políticos. Mais um capítulo de baixaria eleitoral.
- Renúncia de Palocci (2006) – Apontado por corrupção desde a prefeitura de Ribeirão Preto, Palocci caiu do Ministério da Fazenda envolto em denúncias de cobrança de propina.
- Prisões da cúpula do PT (2012) – Dirceu, Genoino e Delúbio foram condenados pelo STF. A narrativa de “heróis do povo” deu lugar à realidade de criminosos condenados.
- Faxina de Dilma (2011) – Em seu primeiro ano, Dilma perdeu cinco ministros por suspeita de corrupção. A faxina ficou pela metade.
- Petrolão/Lava Jato (2014) – O maior esquema de corrupção da história brasileira. Bilhões desviados da Petrobras, com propinas irrigando campanhas, partidos e bolsos de dirigentes petistas. O Brasil assistiu a empreiteiros, diretores e políticos serem algemados, e até Lula foi levado a depor. Mais de R$ 20 bilhões foram recuperados, mas o estrago à Petrobras e à economia foi devastador.
- Prisão de João Vaccari Neto (2015) – O tesoureiro do PT foi condenado por receber propinas milionárias para o partido.
- Pedaladas Fiscais e Impeachment (2016) – As manobras fiscais de Dilma Rousseff foram enquadradas como crime de responsabilidade. O impeachment pôs fim a um ciclo de mentiras contábeis e estelionato eleitoral.
- Delcídio Amaral (2015) – Preso ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, o então líder do governo no Senado implodiu a narrativa de que Lula e Dilma eram “inocentes”.
- João Santana e Mônica Moura (2016) – Marqueteiros presos por receber propina no exterior. O marketing milionário das campanhas petistas foi irrigado por dinheiro sujo.
- Operação no sítio e no triplex de Lula (2016) – A Lava Jato encostou de vez no ex-presidente, revelando o elo entre empreiteiras e favores pessoais.
E como se não bastasse, a terceira era Lula trouxe de volta o fantasma da corrupção, agora no coração da Previdência:
- Rombo do INSS (2023) – Quase R$ 100 bilhões drenados de aposentados e pensionistas. O esquema envolveu o Sindnapi, onde até o irmão de Lula, Frei Chico, tinha posição de destaque. Reclamações dispararam, filas aumentaram e o dinheiro sumiu. O idoso trabalhador, que dedicou a vida ao país, foi roubado sem piedade. Inclusive, a “PF descobre um suposto esquema de Mensalão pagos com o dinheiro proveniente do rombo bilionário do INSS: dinheiro dos aposentados abastecia o esquema de corrupção.”
Some-se a isso a queda de ministros, nomeações desastradas e até asilo oferecido a condenados estrangeiros, e o resultado é um governo acuado por escândalos sucessivos, onde a ética parece ter sido rifada em nome da manutenção do poder.
Em resumo:
O Mensalão mostrou o método, o Petrolão revelou a engrenagem, e o rombo do INSS expôs a continuidade da prática. É a prova de que, por mais que o discurso mude, a essência permanece: o projeto de poder do PT sempre teve como combustível o desvio de dinheiro público.
E como jornalista, testemunha desses fatos, digo com convicção: não dá mais para relativizar. A história está escrita em manchetes, julgamentos, condenações e rombos bilionários.
PT: A História viva escrita em escândalos!