Por: Aurélio Vidal
Nas últimas duas décadas, acompanhei de perto as discussões sobre o desenvolvimento econômico do Norte de Minas, com especial atenção às audiências públicas que trataram da exploração do minério de ferro na região do Alto Rio Pardo. Nesse período, pude observar a atuação de grupos políticos e movimentos ideológicos que, com narrativas bem articuladas, tentam frear projetos estruturantes, especialmente no setor mineral.
Infelizmente, essas ações acabam por contribuir para a estagnação econômica de um povo que há décadas luta por oportunidades reais de progresso. A crítica generalizada ao setor produtivo — em especial ao agronegócio — se intensificou nos últimos anos, revelando uma tentativa constante de demonizar atividades fundamentais para a geração de empregos e renda em nossa região. Um exemplo disso são os ataques à silvicultura, tratados de forma injusta e até desonesta por parte de alguns grupos políticos e instituições supostamente representativas.
É preciso, antes de tudo, responsabilidade para se tratar dessas pautas. Conhecimento de causa, respeito pelas realidades locais e compromisso com o bem-estar da população devem estar acima de ideologias. O verdadeiro desenvolvimento — o que transforma a vida das pessoas — só se concretiza com a valorização do setor produtivo. Não existe avanço social sem base econômica sólida.
No entanto, o que se vê hoje, infelizmente, é um governo federal que atua na contramão desse desenvolvimento. Políticas assistencialistas vêm sendo reforçadas como estratégia de dominação, aprofundando a dependência da população aos programas sociais, sem criar condições reais para a emancipação econômica. Ao mesmo tempo, o país acumula dívidas que já ultrapassam os 9 trilhões de reais, comprometendo o futuro das próximas gerações.
A conta chega — e está chegando rápido. O rombo nas contas públicas aumenta a cada dia, sinalizando uma trajetória perigosa para a economia nacional. É hora de levantar a voz em defesa do Norte de Minas, do Alto Rio Pardo e do Brasil produtivo. O desenvolvimento não pode mais esperar!
(*) Jornalista