(*) Aurélio Vidal
O medo e a tensão são sentimentos que permeiam a mente dos motoristas que percorrerem a BR-251, uma das rodovias mais movimentadas de Minas Gerais, com grande fluxo de caminhões e carretas que viajam do Centro/Sul para o Norte/Nordeste do país.
Com um tráfego estimado em cerca de 12 mil veículos/dia, e apesar de levar e trazer o desenvolvimento, os acidentes, muitos deles fatais, se tornaram uma triste realidade.
A estrada que liga Montes Claros à BR 116 (Rio-Bahia), em extensão de 300 quilômetros, passando por Salinas, tornou-se uma das mais perigosas de Minas Gerais e do país. Seus registros diários de mortos e feridos provocam bem mais que traumas entre vítimas e familiares. A má fama do trecho espalha uma espécie de pânico entre pessoas que dependem dele para se deslocarem de uma cidade à outra.
Na Br 251 são dezenas as curvas e trechos íngremes que, aliados às péssimas condições de parte desse percurso – asfalto liso em alguns casos, e em outros, esburacados -, aliados à imprudência de alguns motoristas, tem feito com que desastres sejam algo rotineiro.
Um trecho da BR-251, em Francisco Sá, no Norte de Minas, por exemplo, foi o mais mortal do Brasil em 2022. Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o intervalo que vai do km 470 até o km 480 registrou somente no ano passado 15 mortes, um recorde federal.
Infelizmente, a falta de comprometimento e de boa vontade por parte dos nossos políticos faz com que os grandes investimentos para viabilizar as obras estruturantes nunca que cheguem por aqui.
(*) Jornalista